O Banco Master, comandado por Daniel Vorcaro, mantinha vínculo financeiro próximo com ao menos duas gestoras alvos de operação de órgãos de segurança que estourou na última quinta-feira (28): a Trustee DTVM e a Reag Investimentos.

Ambas as gestoras administraram fundos relacionados à instituição financeira de Vorcaro. Neste caso, o destaque fica para a Trustee DTVM, que é, por exemplo, a principal administradora dos fundos do Master Asset Management — braço de gestão de recursos do grupo Banco Master.

A operação de órgãos de segurança pública mostrou um esquema de fraudes em toda a cadeia do setor de combustíveis — da importação e produção à distribuição e comercialização. O dinheiro obtido com a adulteração do produto e sonegação de impostos era lavado no mercado financeiro, segundo as investigações.

A porta de entrada para o dinheiro no sistema financeiro eram as fintechs, utilizadas como “bancos paralelos”. Segundo informações da Receita Federal, a organização criminosa chegou a controlar 40 fundos de investimentos, com um patrimônio total em torno de R$ 30 bilhões.

A Trustee é suspeita de aquisição e ocultação de bens para o grupo criminoso; e a Reag, de ocultação de valores sem origem comprovada.

Sobre a operação, a Reag diz que é a maior gestora independente do Brasil, com R$ 340 bilhões sob gestão, e trabalha com diligência.

A gestora afirma ter recebido com surpresa as investigações, refutar “veementemente qualquer atuação em estruturas de natureza ilegal”, e atuar “em linha com as normas vigentes”.

O Banco Master emitiu nota e afirmou que a Reag é uma prestadora de serviços do banco, com atuação restrita à gestão e administração de fundos, assim como diversas outras gestoras e administradores que prestam ao banco esse tipo de serviço.

A instituição reforçou que a relação é estritamente operacional. “O Banco Master é apenas um entre centenas de clientes da Reag, que é uma das maiores do País, não tendo qualquer participação na sua gestão, estrutura societária ou decisões internas”.

Já a Trustee diz que renunciou à administração de todos os fundos suspeitos antes mesmo da operação, por desconformidade de atualização cadastral identificada há alguns meses.

A gestora afirma ter “processos rigorosos de diligência” e afirma não possuir qualquer relação pessoal com os investigados.

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