Após a divergência entre os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes e Flávio Dino sobre a Revolução Constitucionalista de 1932 durante julgamento da trama golpista nesta terça-feira (9), a Sociedade dos Veteranos — MMDC emitiu uma nota com críticas ao posicionamento do ex-governador maranhense.
“Não nos causa espanto a visão deturpada do ministro Flávio Dino com relação à Revolução Constitucionalista de 32, movimento único na história da humanidade onde um povo se levantou em armas para bradar por uma Constituição”, diz o texto, assinado pelo presidente da Sociedade dos Veteranos, Carlos Romagnoli.
Ao ler seu voto no STF, Moraes foi interrompido enquanto listava movimentos golpistas ao longo da história brasileira. Egresso da esquerda, o ex-governador pelo PCdoB citou 1932 em referência à Revolução Constitucionalista daquele ano.
Paulista, Moraes defendeu o contrário e afirmou que São Paulo estava farto do autoritarismo de Getúlio Vargas.
“A Revolução nunca foi golpista haja vista as grandes transformações que trouxera para o país: a emancipação da mulher; o voto feminino; a criação da Universidade de São Paulo; a integração nacional no sentido de unidade federativa; a promulgação da Carta Magna em 1934”, escreveu Romagnoli.
Assim como Dino, o presidente Lula (PT) também já chamou 1932 de golpe militar e tem dito que a elite paulista não gosta de Getúlio Vargas porque foi quem criou o salário-mínimo.
Para o movimento, as afirmações de Lula só demonstram o seu “total desconhecimento da História de São Paulo e do Brasil”.
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