Silvinei Vasques é ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), cargo que assumiu em abril de 2021. Ele é formado em economia, direito e administração, com longa carreira na corporação
Sua gestão foi marcada por uma forte ligação com o bolsonarismo. Ele foi indicado ao cargo pelo senador Flávio Bolsonaro e manifestou apoio público a Jair Bolsonaro nas redes sociais em 2022
Ele foi condenado por usar a estrutura da PRF para organizar blitzes em rodovias no Nordeste durante o segundo turno. O objetivo era dificultar o deslocamento de eleitores para favorecer Bolsonaro
Em dezembro de 2025, ele recebeu uma condenação de 24 anos e seis meses de prisão. A sentença do STF o incluiu como participante de um dos núcleos da trama golpista do governo anterior
Os crimes imputados incluem tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado democrático de Direito. Ele também foi acusado de integrar uma organização criminosa armada
Antes da condenação, ele já havia passado um ano em prisão preventiva, entre 2023 e 2024. Ele foi solto por ordem do ministro Alexandre de Moraes, mas devia cumprir medidas cautelares
Para permanecer em liberdade enquanto recorria, Vasques utilizava uma tornozeleira eletrônica. No entanto, ele rompeu o equipamento e fugiu para o exterior clandestinamente
Ele foi preso no dia 26 de dezembro de 2025 no Paraguai, no aeroporto de Assunção. Vasques tentava embarcar para El Salvador usando um passaporte paraguaio falso para evadir a justiça brasileira
Após a captura, o governo brasileiro iniciou os trâmites para sua extradição imediata. A Polícia Federal acionou o STF assim que o rompimento da tornozeleira eletrônica foi detectado
Sua assinatura ajuda a Folha a seguir fazendo um jornalismo independente e de qualidade
Veja as principais notícias do dia no Brasil e no mundo