Nesta segunda-feira (1º), em entrevista ao CNN Prime Time, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou que Brasil e México estão prestes a fortalecer suas relações comerciais com a ampliação do acordo ACE (Acordos de Complementação Econômica) 53 e 55, prevista para agosto de 2026.
A nova versão do acordo, que já tem mais de duas décadas, contemplará um número maior de produtos com tarifas reduzidas entre as duas maiores economias da América Latina.
Segundo Alckmin, as negociações abrangem diversos setores estratégicos, com destaque para o agronegócio.
O México, atualmente o segundo maior comprador de carne bovina brasileira, sinalizou a possibilidade de habilitar mais 40 frigoríficos para exportação, mesmo mantendo exigências de rastreabilidade individual dos produtos.
Cooperação além do agronegócio
Na área da saúde, foi estabelecido um protocolo entre a Anvisa e a COFEPRIS (Comissão Federal para a Proteção contra Riscos Sanitários), órgão regulador mexicano, visando agilizar processos de licenciamento de medicamentos.
A iniciativa permitirá redução de custos e tempo no desenvolvimento de novos fármacos e moléculas.
O setor aeronáutico também registra avanços significativos nas relações bilaterais.
Alckmin relembra que a Embraer já comercializou 20 aeronaves do modelo EJ para uma companhia mexicana, e há negociações em andamento para a venda do cargueiro militar KC-390.
Para estimular o turismo entre os países, está sendo implementado um sistema de visto eletrônico, facilitando o fluxo de visitantes em ambas as direções.
A proximidade linguística entre português e espanhol é vista como um fator adicional para fortalecer os laços entre as nações.