O vice-presidente Geraldo Alckmin disse, na manhã desta segunda-feira (27), lamentar a postura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ao afirmar que os dois defendem as tarifas impostas por Donald Trump.
Ele disse que o estado de São Paulo é um dos principais prejudicados pelo tarifaço e, por isso, “não seria possível aplaudir o presidente dos Estados Unidos num momento desse”, em entrevista ao portal ICL.
“(São Paulo) É onde tá mais fortemente a indústria, que é a mais afetada pelo tarifaço, porque é para os Estados Unidos que a gente exporta mais valor agregado, que é mais difícil você recolocar no em outros países”, disse.
O presidente em exercício também disse que o Brasil é um país caro, com a carga tributária 33,5% do PIB, enquanto a China é 22%, Índia é 20% e o México 17% e que não é fácil competir, especialmente com os países asiáticos.
“É lamentável você defender uma coisa que é injusta. Não tem nenhum sentido. Eles têm superávit na balança de serviços, na balança comercial, tem tarifa zero para quase 78% dos produtos que exportam. Não tem uma justificativa e isso não pode ser utilizado a não ser como política regulatória”, declarou.
Sobre o Eduardo, ele não falou o nome do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mas que lamentava que o Congresso Nacional “tenha parlamentar pago com dinheiro público, fora do país, trabalhando contra o emprego no Brasil, as empresas no Brasil, e tentando prejudicar a economia brasileira”.
O vice-presidente ainda disse que não há data definida para a próxima reunião sobre as tarifas que deverá acontecer em Washington entre negociadores dos EUA, mas que o governo está otimista por uma solução e classificou o resultado da última reunião entre os dois presidentes como “muito positivo”.
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