O setor público consolidado – formado por União, Estados, municípios e estatais – registrou déficit primário de R$ 66,6 bilhões em julho. O resultado consta no relatório “Estatísticas Fiscais” divulgado pelo BC (Banco Central) nesta sexta-feira (29).
O déficit é o segundo maior da série histórica para o mês. O resultado só fica atrás do registrado em julho de 2020, quando o setor público consolidado foi deficitário em R$ 81,1 bilhões. Veja histórico:
- Julho de 2020: déficit de R$ 81,1 bilhões;
- Julho de 2021: déficit de R$ 10,3 bilhões;
- Julho de 2022: superávit de R$ 20,4 bilhões;
- Julho de 2023: déficit de R$ 35,8 bilhões;
- Julho de 2024: déficit de R$ 21,3 bilhões;
- Julho de 2025: déficit de R$ 66,6 bilhões.
Em 12 meses, o setor público consolidado acumulou déficit primário de R$ 27,3 bilhões, o equivalente a 0,22% do PIB (Produto Interno Bruto), ante superávit de R$ 17,9 bilhões (0,15% do PIB), nos 12 meses acumulados até junho.
No mês passado, governo central, governos regionais e empresas estatais registraram déficit. Veja:
- Governo central: déficit de R$ 56,4 bilhões;
Estatais: déficit de R$ 2,1 bilhões; - Governos regionais (estados e municípios): déficit de R$ 8,1 bilhões.
Já o resultado nominal do setor público consolidado – que inclui o resultado primário e os juros nominais apropriados – foi deficitário em R$ 175,6 bilhões em julho.
A Dívida Bruta do Governo Geral – que compreende o governo federal, o INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) e os governos estaduais e municipais – atingiu 77,6% do PIB (R$ 9,6 trilhões) no mês passado. É uma alta de 0,9 p.p. do PIB em relação ao mês anterior.