Citado por Cármen Lúcia por ter apresentado a ela a obra de Affonso Romano de Sant’Anna, o gestor cultural Affonso Borges disse que a ministra, sua amiga, quis contemplar a cultura e seu papel de resistência em seu voto nesta quinta-feira (11).
Logo no início de sua fala, a ministra recitou um trecho do poema “Que país é este?”, de Affonso Romano de Sant’Anna, morto em março deste ano, que diz: “Uma coisa é um país, outra um fingimento. Uma coisa é um país, outra um monumento. Uma coisa é um país, outra o aviltamento.”
Para Borges, a ministra fez uma homenagem às manifestações culturais em períodos de combate, como depois do golpe militar de 1964.
“Em períodos de trevas, a cultura sempre se fez presente. Affonso Romano é um dos poetas que mais fez do social a sua obra-prima. Escreveu toda sua obra durante a ditadura, é uma poesia de resistência”, afirmou Borges. “Ela citou um poeta que mais soube conjugar poesia e resistência à ditadura militar.”
Poeta, cronista e ensaísta , Affonso é natural de Belo Horizonte, e a ministra de Montes Claros, no norte de Minas Gerais.
Tido como um dos intelectuais mais influentes da literatura contemporânea, Sant’Anna construiu uma obra marcada por reflexão crítica, lirismo e engajamento social. Ele morreu em março de 2025, aos 87 anos.
Já Afonso Borges organizou festivais internacionais de literatura em Itabira-MG, Paracatu-MG e Petrópolis-RJ.
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