O custo do curso de formação de condutores, oferecido por autoescolas no país, pode representar de 61,7% a 87,3% do valor total para tirar habilitação a depender do estado, de acordo com dados apresentados pelo ministro Renan Filho (Transportes) ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) e a líderes partidários na Casa na quinta-feira (30).

O ministro participou de uma reunião de líderes partidários para apresentar sua proposta de acabar com a obrigatoriedade da autoescola para tirar a CNH. Ao final, Motta afirmou que o projeto era uma “discussão necessária”.

Dados apresentados pelo ministro mostram que o maior peso da autoescola no valor total da CNH é registrado em Santa Catarina, onde o curso custa R$ 3.404,36, o que representa 87,3% dos R$ 3.899,40 da habilitação no estado —além das aulas, há ainda taxas cobradas pelos Detrans e exame médico e psicológico.

No Rio Grande do Sul, que tem o valor total mais caro para tirar CNH (R$ 5.148,05), o curso de formação de condutores custa R$ 4.437,77 (86,2%).

Paraíba (61,7%), Rondônia (63,9%) e Espírito Santo (64,8%) são os estados com menor peso da autoescola sobre o valor total da CNH. Em São Paulo, o percentual é de 74,2%, enquanto no Rio de Janeiro vai a 75,8%.

A participação de Renan Filho na reunião de líderes buscou atrair apoio político para a medida, que depende de uma resolução publicada pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito), o que deve acontecer em novembro.

Como a Folha revelou em julho, o governo Lula (PT) quer acabar com a obrigatoriedade da autoescola para obtenção da carteira de motorista. Na ocasião, o ministro afirmou que a medida faz parte de um plano para reduzir o custo e as exigências para a emissão da CNH.

Confira a relação de estados x peso da autoescola na CNH

  • Santa Catarina – 87,3%
  • Rio Grande do Sul – 86,2%
  • Acre – 84,5%
  • Bahia – 84,2%
  • Pernambuco – 84,0%
  • Tocantins – 83,3%
  • Goiás – 83,2%
  • Rio Grande do Norte – 81,6%
  • Mato Grosso – 80,0%
  • Distrito Federal – 79,4%
  • Mato Grosso do Sul – 78,7%
  • Ceará – 78,5%
  • Amazonas – 77,8%
  • Minas Gerais – 77,7%
  • Paraná – 76,4%
  • Maranhão – 75,9%
  • Rio de Janeiro – 75,8%
  • Piauí – 74,5%
  • São Paulo – 74,2%
  • Roraima – 71,7%
  • Sergipe – 68,8%
  • Amapá – 66,8%
  • Pará – 65,8%
  • Alagoas – 65,2%
  • Espírito Santo – 64,8%
  • Rondônia – 63,9%
  • Paraíba – 61,7%


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