Líder do PT na Câmara Municipal de São Paulo, a vereadora Luna Zarattini diz que a bancada negociou o apoio à reeleição de Ricardo Teixeira (União), candidato do prefeito Ricardo Nunes (MDB) para presidir a Casa, em troca de assumir a Comissão de Políticas Urbanas, Metropolitana e Meio Ambiente e de conseguir emplacar CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito).
Nos dois últimos anos coube ao vereador Rubinho Nunes (União) dirigir o órgão, que estuda e debate temas como zoneamento e uso e ocupação do solo. Teixeira não se comprometeu com a vaga, mas teria dito que tentará o que for possível.
“Pretendemos indicar o vereador Nabil [Bonduki, arquiteto e urbanista]. A cidade está à venda, com espaços sendo privatizados, e muitas concessões que precisam ser revistas como as dos parques Ibirapuera, Água Branca, do Mercadão”, disse Zarattini.
“De fato, a gente quer o apoio do Teixeira para ter mais autonomia, sem sermos tolhidos. Foi um ano em que cortaram emendas, barraram CPI. Não deixaram a oposição tocar uma CPI”, reclama a petista.
Das CPIs apresentadas por vereadores do PT, a de HIS (Habitação de Interesse Social) e a das enchentes só foram instaladas após decisões judiciais. “Me senti constrangida com a judicialização, não se faz política de alto nível assim”, afirma a vereadora.
Na eleição para presidir a Câmara, Teixeira, candidato único, obteve 49 votos favoráveis, incluindo os da bancada do PT, e cinco abstenções. As únicas abstenções foram feitas por vereadores do PSOL, que não chegaram ao consenso para lançar um candidato.
Teixeira teve como principal adversário o próprio presidente da legenda no município, o ex-vereador Milton Leite, que defendia a candidatura do seu afilhado Silvão e, por fim, apostou em Rubinho Nunes.
Ex-secretário de Trânsito na gestão Nunes, já é visto como figura mais próxima ao Executivo.
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