O STF (Supremo Tribunal Federal) começa a julgar nesta terça-feira (2) o núcleo central da trama golpista de 2022.
O grupo é integrado por aqueles que teriam tido um papel crucial na tentativa de ruptura institucional após a vitória de Lula (PT) nas últimas eleições presidenciais, segundo a PGR (Procuradoria-Geral da República).
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é acusado de liderar a organização para manter-se no cargo depois da derrota nas urnas. Ele teria, por exemplo, tomado conhecimento sobre minutas de teor golpista e endossado um plano para matar autoridades como Lula, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do STF Alexandre de Moraes. Bolsonaro nega as acusações.
O ex-presidente e outro seis réus serão julgados pelos seguintes crimes:
- Organização criminosa armada
- Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito
- Tentativa de golpe de Estado
- Dano qualificado pela violência e grave ameaça
- Deterioração de patrimônio tombado
O ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos, o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF Anderson Torres, o ex-chefe do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) Augusto Heleno, o ex-ajudante de ordens e Mauro Cid, delator da ação, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e o ex-ministro da Casa Civil e da Defesa Walter Braga Netto também compõem o grupo.
O deputado federal e ex-diretor da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) Alexandre Ramagem responde apenas por organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito e tentativa de golpe de Estado. O processo contra ele foi parcialmente paralisado por decisão da Câmara dos Deputados, e ficaram suspensas as acusações sobre atos posteriores à sua diplomação no Legislativo.
Veja abaixo o que pesa contra e o que dizem as defesas de cada um dos réus.
As sessões começam a partir das 9h. A análise dos crimes pelos quais são acusados deve durar até a próxima sexta-feira (12). Haverá transmissão ao vivo no site da Folha.